quarta-feira, 22 de abril de 2020

A variedade não padrão


       Leia este breve diálogo entre um paí e um filho adolescente:

– Filhão, você anda meio desligado; precisa encarar com mais seriedade os estudos, senão, no fim do ano, você vai se dar mal.
– É mesmo, pai... tem razão... Eu só tava sando um tempo; agora vou pegar firme, porque não quero passar sufoco que nem ano passado.


Nesse texto, a situação de comunicação é informal – um bate-papo entre pai e filho –, por isso os dois interlocutores fazem uso de uma variedade linguística denominada não padrão, coloquial ou coloquial-popular. Essa variedade, empregada pela maioria absoluta das pessoas em suas relações sociais do dia a dia, caracteriza-se pela despreocupação dos falantes com as inúmeras regras da gramática normativa – emprego de plurais, de concordâncias, de flexão dos verbos etc. – e pela presença frequente de expressões populares, de frases feias e de gírias. Fazendo uso da variedade coloquial é que nos comunicamos de maneira espontânea e informal com nossos familiares, vizinhos, colegas e amigos.



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