terça-feira, 21 de abril de 2020

As variações da língua padrão: língua culta formal e língua culta informal


O trecho abaixo, extraído de uma entrevista dada por um psicóloga, exemplifica o emprego da variedade padrão em sua modalidade formal (língua culta formal). Leia-o.

Como você pode notar, a socióloga, em seu discurso, optou pelo emprego de frases mais longas, por ordenações pouco comuns das palavras e por um vocabulário mais elaborado e especifico, adequando assim seu “modo de falar” à situação de comunicação: uma entrevista tratando de um tema relacionado à profissão dela.

Isso não significa que, quando usamos a variedade padrão, somos obrigados a empregar um vocabulário mais “difícil” e frases “complicadas”. Dentro da própria variedade padrão existe a possibilidade de adequarmos nosso nível de linguagem, isto é, podemos falar/escrever de maneira mais formal ou menos formal, dependendo do contexto em que se realiza o ato de comunicação. A respeito desse aspecto da língua culta, leia este texto:



A língua culta formal, pode ser empregada quase que exclusivamente na escrita, é mais “fixa” ao longo do tempo, ou seja, modifica-se menos que a língua culta informal, que se usa mais na comunicação falada.
Um exemplo dessa diferença: a gramática normativa propõe, para o padrão culto, as formas: eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós ides, eles vão, no entanto, na maior parte do Brasil, a língua culta falada emprega eu vou, ele/você/ a gente vai, nós vamos, vocês/eles vão.
É nesse português, distanciando da tradição, que apresentados os noticiários de rádio e TV, que são compostas, em sua maioria, as músicas populares, que os professores dão nas aulas; é esse português que acaba também sendo empregado nos textos escritos cotidianos (jornais, revistas, anúncios publicitários etc.)
                                       Fonte de pesquisa: TRANSK, R.L. Dicionário de linguagem e linguística.
                              Tradução e adaptação: Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2004. p .327.




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