O
trecho abaixo, extraído de uma entrevista dada por um psicóloga, exemplifica o
emprego da variedade padrão em sua modalidade formal (língua culta formal).
Leia-o.
Como
você pode notar, a socióloga, em seu discurso,
optou pelo emprego de frases mais longas, por ordenações pouco comuns das palavras
e por um vocabulário mais elaborado e especifico, adequando assim seu “modo de
falar” à situação de comunicação: uma entrevista tratando de um tema
relacionado à profissão dela.
Isso
não significa que, quando usamos a variedade padrão, somos obrigados a empregar
um vocabulário mais “difícil” e frases “complicadas”. Dentro da própria
variedade padrão existe a possibilidade de adequarmos nosso nível de linguagem,
isto é, podemos falar/escrever de maneira mais formal ou menos formal,
dependendo do contexto em que se
realiza o ato de comunicação. A respeito desse aspecto da língua culta, leia
este texto:
A língua
culta formal, pode ser empregada quase que exclusivamente na escrita, é
mais “fixa” ao longo do tempo, ou seja, modifica-se menos que a língua culta informal, que se usa
mais na comunicação falada.
Um exemplo dessa diferença: a gramática
normativa propõe, para o padrão culto, as formas: eu vou, tu vais, ele vai,
nós vamos, vós ides, eles vão, no entanto, na maior parte do Brasil, a língua culta falada emprega eu vou, ele/você/
a gente vai, nós vamos, vocês/eles vão.
É nesse português, distanciando da
tradição, que apresentados os noticiários de rádio e TV, que são compostas,
em sua maioria, as músicas populares, que os professores dão nas aulas; é
esse português que acaba também sendo empregado nos textos escritos
cotidianos (jornais, revistas, anúncios publicitários etc.)
Fonte de pesquisa: TRANSK, R.L. Dicionário
de linguagem e linguística.
Tradução e adaptação: Rodolfo Ilari.
São Paulo: Contexto, 2004. p .327.
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